Alopecia: entenda condição de Jada Pinkett Smith, esposa de Will Smith

A cerimônia do Oscar, realizada nesse domingo (27/3), ficou marcada por um momento chocante em que o ator Will Smith deu um tapa em Chris Rock, um dos apresentadores da noite. A agressão ocorreu depois que o comediante fez uma piada sobre a esposa de Smith, a atriz e apresentadora Jada Pinkett Smith.

Durante o anúncio de um dos prêmios, Rock comparou Jada à personagem de Demi Moore no filme Até o limite da honra, de 1997. No longa, a atriz aparece de cabelos raspados para viver a primeira mulher a fazer treinamento de força de operações especiais da Marinha dos Estados Unidos.

Jada usa os cabelos raspados desde julho de 2021. O corte de cabelo ajuda a esconder as falhas deixadas no couro cabeludo pela alopecia, uma doença que causa a perda de cabelo e pelos do corpo. Depois de bater em Rock, Will Smith gritou: “Mantenha o nome da minha esposa fora da sua boca”.

Momentos depois, o ator voltou a subir ao palco para receber uma estatueta e, em meio a lágrimas, afirmou ter se tornado um “protetor da família” assim como Richard Williams, personagem que o consagrou melhor ator da noite.

“Estou recebendo um chamado em minha vida para amar as pessoas e para proteger as pessoas”, disse Smith. “Quero pedir desculpas à Academia e a todos os meus colegas indicados. O amor faz a gente fazer coisas loucas”, continuou.

Alopecia

A alopecia é uma condição que atinge homens e mulheres com a queda repentina de grande quantidade de fios de cabelo. O principal sinal indicativo é a perda de mais de 100 fios de cabelos por dia.

Geralmente, os pacientes percebem que há algo errado com o aumento de fios deixados no travesseiro, que caem durante o banho ou ao pentear o cabelo. Também é possível identificar a alopecia quando são visualizados no couro cabeludo regiões com pouco ou nenhum cabelo.

As principais causas são estresse; uso de medicamentos; doenças como hipotireoidismo, hipertireoidismo, sífilis secundária, líquen plano ou lúpus eritematoso sistêmico; deficiência de proteínas, ferro, biotina e zinco; micose no couro cabeludo, reação hormonal pós parto; ou uso de produtos químicos inadequados.

A doença é classificada de acordo com a causa, podendo ser:

• Alopecia areata: causada por fatores autoimunes ou emocionais, caracterizada por intensa queda de cabelo em determinadas áreas, resultando no aparecimento de placas redondas no couro do cabeludo com ausência de pelo;
• Androgenética: também chamada de calvície, é causada por fatores genéticos, associados à taxa de testosterona na corrente sanguínea, e por isso é mais frequente nos homens;
• Traumática: causada pelo hábito de arrancar os fios de cabelos constantemente ou por traumatismos na cabeça;
• Seborreica: causada por uma dermatite, que pode ser tratada com o uso de medicamentos;
• Eflúvio: que se caracteriza por um período em que o cabelo cai naturalmente, porém, quando este mecanismo se encontra desregulado, pode haver um período maior de queda de cabelo, que geralmente responde bem aos tratamentos clínicos.

Tratamento

É importante que a causa da alopecia seja identificada para que o paciente possa fazer o tratamento adequado para prevenir a queda de mais fios e favorecer o crescimento do pelo. Essa avaliação deve ser feita por médico dermatologista.

Algumas opções terapêuticas, especialmente para casos mais graves, são o uso de medicamentos orais, como a finasterida ou espironolactona, ou tópicos, como o minoxidil ou o alfaestradiol, por exemplo, pois favorecem o crescimento dos pelos e previnem a queda.

Nos casos mais leves ou para complementar os mais graves, pode ser vantajoso o uso de produtos cosméticos em loção ou ampolas, ou o uso de suplementos alimentares, de acordo com a orientação do dermatologista, já que também favorecem o crescimento do cabelo. (Com informações do portal Tua Saúde)

Fonte: Metrópoles.