‘Foram as ruas’, afirma Rodrigo de Sá ao explicar os motivos que o levaram ser pré-candidato a Deputado Federal
Em sua primeira entrevista após deixar o comando do Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM), o delegado Rodrigo de Sá contou ao jornalista Ivan Brito, do programa “Fala Caboco”, da Rádio Viva FM 95,7, os motivos que o fizeram enveredar para a carreira política. “Foram as ruas. Desde que eu comecei a fazer as ações sociais do Detran, as pessoas vinham falar comigo e diziam ‘por que o senhor não se candidata?’”, lembrou.
E de tanto ouvir a pergunta, Rodrigo de Sá resolveu tomar uma das decisões mais complexas de toda sua vida: dar uma pausa nos 19 anos de serviço público e encarar o desafio de se tornar deputado federal, e levar toda a experiência acumulada nesse período, para defender os interesses do Amazonas, em Brasília.
“Em 2003 eu ingressei no Ministério Público do Amazonas, por meio de concurso público, e consegui me tornar assessor técnico do Procurador Geral, o que muito me orgulha, ainda mais porque eu vim de uma família humilde e tudo que conquistei foi com base no estudo. Tanto que, em 2011, eu passei no concurso para delegado da Polícia Civil do Amazonas, e fui atuar na linha de frente do combate à criminalidade. Acredito que pelo trabalho que desenvolvi, em 2017 fui convidado para assumir a diretoria técnica do Detran Amazonas e, dois anos depois, cheguei à presidência do órgão”, lembrou De Sá, que deixou o Detran-AM no último dia 31 de março.
Surpresa – Durante a entrevista ao programa “Fala Caboco”, Rodrigo de Sá revelou que além do pedido das pessoas para que se candidatasse, outra situação lhe deixou muito surpreso: o convite do Partido Liberal (PL).
Para ele, que nunca havia se filiado a nenhum partido político, receber o convite do PL, que tem o experiente ex-ministro Alfredo Nascimento no comando, foi uma confirmação do bom trabalho desenvolvido não só no Detran Amazonas, mas também por onde passou.
“Ser convidado por um partido da envergadura do PL é motivo de orgulho, pois começar uma disputa política com o apoio e a experiência da legenda e, principalmente do ex-ministro Alfredo Nascimento, isso me dá a certeza de um futuro cheio de esperança”, afirmou.
Mas antes de tomar sua decisão de deixar o Detran e todos os projetos sociais que vinha desenvolvendo nos últimos anos, Rodrigo de Sá disse ao jornalista Ivan Brito que precisou do aval do governador Wilson Lima (União Brasil). “Eu não poderia enveredar nesse novo caminho sem antes ter as bençãos do governador Wilson Lima, afinal eu vinha tocando importantes projetos sociais pensados por ele. Quando recebi o apoio do governador, aí a decisão ficou mais fácil”, lembrou.
Projetos – Nos últimos três anos como diretor-presidente do Detran Amazonas, Rodrigo de Sá promoveu uma verdadeira revolução tecnológica no órgão, com a digitalização de muitos serviços e a criação de um portal de internet para permitir que as pessoas realizassem muitos serviços sem precisar ir presencialmente ao Departamento.
Além do lado tecnológico, De Sá promoveu uma mudança na imagem institucional do Detran, tendo como foco sempre o cidadão e a cidadania promovida pelos serviços. Tanto que, em novembro do ano passado, o órgão lançou o Programa Detran Cidadão, com os projetos “CNH Social”, “Motociclista Legal” e “CNH na Escola”.
“Em poucos meses conseguimos atingir mais de cinco mil pessoas”, disse De Sá que agora vai começar a montar suas propostas eleitorais com foco na confirmação de sua candidatura à Câmara Federal.
“Vou sentar com minha equipe para definirmos nossa plataforma, mas vamos sempre focar no cidadão e nas ações de cidadania para os moradores do Amazonas”, finalizou.
Currículo – Rodrigo de Sá tem 41 anos e é formado em direito pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Ele ainda possui uma graduação inconclusa de Engenharia da Computação pela Universidade de Tecnologia do Amazonas (Utam), além de pós-graduação em gestão pública e direito público.
Nos últimos dois anos, De Sá também ocupou a vice-presidência da Associação Nacional dos Detran (AND), o que lhe permitiu ter importantes agendas em Brasília, com órgãos federais.